quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Delírios psicanalíticos de uma noite de verão

"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados 
insanos por aqueles que não podiam escutar a música."
Friedrich Nietzsche

Era tarde da noite quando o doutor Evandro foi chamado para avaliar um paciente na ala psiquiátrica. O imenso prédio era mal iluminado e um tanto quanto assustador, mesmo quando bem iluminado pela luz do dia. Os corredores eram amplos e o mais leve ruído parecia ecoar pelas paredes descascadas de todo o andar. O médico foi levado ao encontro de um homem franzino e descabelado, que estava deitado completamente nu sobre uma pequena maca em um quarto isolado no final do corredor.
- Loucura. Tudo é louco. O planeta é louco, fica girando, translando, rotando sem parar. Rotando ou rodando? Não importa. O que importa é o sentido. Para a direita ou para a esquerda? – dizia o alucinado, falando de maneira rápida e quase ininterrupta, lembrando até uma locução de futebol pelo rádio. 
O doutor ficou observando o homem por alguns instantes antes de abordá-lo. Observava a postura estática, o olhar perdido, a voz rouca e anasalada. Alguns instantes se passaram e finalmente decidiu questioná-lo.
- Senhor Almeida. Sou o médico que está cuidando do seu caso. Podemos conversar um pouco? – disse de maneira educadíssima.
- Todos são loucos. Loucos por dinheiro, poder, ingressos para o show da Madonna. Querem tudo. Querem você. Mas você também é louco – continuou o homem sem ao menos mudar o tom de voz.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Transparência na política (parte única)



NOVO REGIMENTO INTERNO

O Presidente da Câmara,

Considerando as denúncias estampadas nos principais veículos de comunicação

Considerando as acusações de desmoralização ampla e irrestrita da política brasileira

Considerando as operações da polícia federal que supostamente comprovam as ilicitudes praticadas por pelo menos 99,9% dos membros desta casa

Considerando que vai ser difícil (mas não impossível) livrar a cara de todo mundo no final das contas

Vem por meio desta expor aos colegas as principais mudanças no sistema organizacional da instituição. As seguintes alterações de planejamento estrutural foram votadas e aprovadas por unanimidade após realização de assembléia ordinária corriqueira, transparente e pública, que teve início ontem às duas horas da madrugada e foi encerrada às duas horas e quinze segundos da mesma, após exaustiva explanação sobre a importância da emenda para proporcionar segurança e tranquilidade a toda população, além de trazer maior leque de opções para nossos advogados.
Com o objetivo de combater os gastos desnecessários e o uso indevido de divisas, pedimos que a corregedoria da Câmara elaborasse proposta oficial contendo novas normas de conduta e orientações relevantes, além de instrumentos eficientes de fiscalização. A proposta nos foi apresentada e, após longa deliberação com a ajuda do tribunal de contas, decidimos por rejeitá-la sumariamente, engavetamos tudo e passamos a considerar apenas o texto antigo, que trata das seguintes resoluções que acabamos de inventar:

Resoluções de Ano Novo


1. Quando chegar bêbado na minha casa de madrugada, vou beber bastante água para diminuir a ressaca no dia seguinte.
2. Quando chegar bêbado na minha casa de madrugada, não vou contar mentiras para a minha esposa para diminuir a TPM dela no dia seguinte.
3. Quando chegar bêbado na minha casa de madrugada, não vou ligar para o meu chefe para falar que detestei aquela piada racista que ele contou na reunião, para diminuir as chances de demissão sumária no dia seguinte.
4. Quando chegar bêbado na minha casa de madrugada, vou evitar jogar meus sapatos no chão, para diminuir o sermão da vizinha do andar de baixo no dia seguinte.
5. Quando chegar bêbado na minha casa de madrugada, vou parar o carro na vaga de qualquer jeito ao invés de tentar fazer manobra, para diminuir os prejuízos com o martelinho de ouro e com o tira-riscos no dia seguinte.
6. Quando chegar bêbado na minha casa de madrugada, no banco de trás do carro da polícia, não vou perguntar quanto que deu no taxímetro, para diminuir o olho roxo no dia seguinte.
7. Agora chega! Quer saber? Ano que vem não chego mais bêbado na minha casa!
8. Quando chegar bêbado na casa do meu melhor amigo de madrugada...


 O Chinelo da Minhoca
 Desenho = Os Simpsons / internet

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A violência não tem idade

Tirem as crianças da sala. Evite olhar se você tem estômago fraco. Os vídeos abaixo possuem conteúdo de extrema violência envolvendo pobres crianças inocentes.

1. Tae-kwon-do mortal. Atenção para o perigoso "back kick flying tomahawk of the shadows" (golpe de calcanhar "des costa").



2. Crueldade! Um adulto aplica uma série de "Hadouken" em uma inocente criança, que não se intimida e continua se levantando mesmo após ser atingida diversas vezes.

3. Garotinha de 2 anos ensina um faixa preta a lutar karatê (Tudo bem. Esse nem é tão violento assim).

Autoria: O Chinelo da Minhoca
Vídeos: Youtube

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

UM ESTRANHO NA LAPÔNIA


Nosso herói abriu os olhos lentamente. Sua cabeça estava pesada. Sentiu suas têmporas pulsarem como se nelas existisse um segundo coração. Fitou as paredes de madeira da velha cabana, tentando reconhecer o ambiente. Sabia que não estava em sua casa. Ao mesmo tempo em que se levantava cambaleante, procurava em sua memória alguma pista do que poderia estar acontecendo. Onde estava? Como chegou ali? Tudo parecia distante. Encontrou um espelho no banheiro e se examinou por alguns segundos. Olhos vermelhos, boca seca e amarga, memória prejudicada, tonteira, dor de cabeça, cheiro de álcool em suas roupas. Sentiu um leve desconforto nas costas. Levou a mão sobre a nádega direita e sentiu dores no local. Percebeu que sua camisa estava suja de sangue.
- Roubaram meu rim! – pensou, aflito.
Tirou rapidamente as roupas e se virou para o espelho, já vendo as notícias no jornal: “Mais uma vítima da lenda urbana”. Para sua surpresa, o que viu foi uma grande tatuagem recente, onde se lia: “Jennifer”. Esvaziou os bolsos e encontrou uma aliança com o mesmo nome escrito e algumas fichas de 100 dólares, com a marca do Caesars Palace de Las Vegas. Lentamente, os fatos começaram a fazer sentido...
Rudolph estava com sorte naquela noite. Sua pilha de fichas estava cada vez maior. Era a primeira vez que conseguia fazer um straight flush e um four no mesmo jogo. Já estavam jogando há várias horas e todos estavam completamente embriagados. Num determinado momento, os jogadores começaram a lançar desafios.
- Duvido que você dá um tapa naquele segurança!
- Eu te desafio a subir na roleta e tirar a camisa!
- Aposto que você não tem coragem de se casar com a primeira prostituta que aparecer, tatuar o nome dela nas costas e saltar de pára-quedas sobre a Finlândia!
Rudolph, “o lenhador”. Este era o seu nome. E sua honra e coragem o impediam de fugir dos desafios. Ele poderia simplesmente ter subido na roleta ou aplicado um catiripapo no segurança, mas seus instintos lhe diziam que não seria o bastante. Afinal, era dele a liderança da mesa. O gradiente alcoólico em seu sangue era todo o estímulo que ele precisava. Agora todos conheceriam o homem das fichas, o rei do castelo, “o lenhador”. Nada mais justo que aceitar o maior dos desafios...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

XERIFE JAKE E AS MEMÓRIAS QUE O OESTE ESQUECEU


O xerife Jake não tinha para onde ir. Os irmãos Flint já haviam se posicionado na entrada do beco entre o saloon e o armazém. Bill Cotton, escondido atrás de uma árvore, apontava sua Winchester para as costas do destemido homem da lei. Na janela do segundo andar do “Texas Hotel”, um jovem mestiço observava a movimentação. Ele não tinha nada a ver com o que estava acontecendo, mas queria se vingar. Sua mãe, que era 80% índia, queria que ele se chamasse “Águia Zanzante”, ou talvez “Búfalo Berrante”, mas seu pai, que era 50% branco, 50% piadista e 100% babaca, achou que “Vinho Frisante” ia ser bem mais engraçado. Pior para o pobre mestiço. Pior ainda para Jake. Frisante estava bêbado, frustrado e com raiva, e queria descontar em alguém. De preferência em alguém que já ia virar peneira mesmo... 
No meio da rua, olhando profundamente nos olhos de Jake, estava o pistoleiro McGregor. Todo o oeste já tinha ouvido falar dele. Seu passado escondia tiroteios terríveis, verdadeiras chacinas. Homens, mulheres, crianças e velhos já haviam sido vítimas daquele vilão brutal. Diziam que, com apenas 17 anos, ele entrou desarmado em um bordel para cobrar uma dívida de jogo. Lá dentro, matou 15 homens, 2 mulheres e uma barata. Na saída, deu um soco no flanelinha que tomava conta do seu cavalo, chutou a canela de uma velhinha cega, pisou num calango e mostrou a língua para uma garotinha. Realmente ele era um homem muito mau.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

VOCÊ VAI SER MÉDICO

     O futuro médico nasceu. Quer tomar leitinho, nenê? Pode tomar, mas só um pouco. Não se acostume com muito. Você vai ser médico.
     Está aprendendo a andar. Ande com cuidado. Olhe bem onde pisa para não cometer erros. Você vai ser médico.
     Primeiro ano na escola. Prepare-se para ser vigiado, cobrado, avaliado e provavelmente repreendido se não corresponder às expectativas. Você vai ser médico.
     Já está crescidinho. Trate bem os pais, os professores, os coleguinhas, os animais. Aprenda a ter respeito por todos. E não espere recompensas por isso. Não está fazendo nada além de sua obrigação. Você vai ser médico.
    Adolescência. Tempos difíceis. Estude muito e se divirta pouco. Gaste sua juventude nas bibliotecas e cursinhos. O vestibular se aproxima. No final, talvez valha a pena. E nem pense em escolher outro curso. Nada de engenharia ou direito. Já decidimos. Você vai ser médico.
    Sucesso. Cabelo raspado, nome estampado nas páginas do jornal, internet, corredores. Agora é oficial. Você vai ser médico.
     Faculdade de medicina. Agora ninguém te segura. E quando eu digo ninguém, em se tratando de Brasil, quero dizer ninguém mesmo. Nem a polícia. Você só não vai receber seu diploma se fizer algo mais que esfaquear uma colega, sequestrar um ônibus, roubar a comissão de formatura ou se filiar a um grupo de degoladores. No Brasil é assim. Entrou, só sai morto ou médico. Preso, nunca (o que é um absurdo, mas na prática é mais ou menos isso que estamos vivendo). Mas não pense que essa regalia te dá o direito de relaxar e esquecer os seus compromissos. É o momento de estudar e se dedicar. Corpo e alma voltados para o cumprimento do dever hipocrático. Absorva todo o conhecimento, pois você precisará dele. Você vai ser médico. 

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

QUANDO BRILHA O ENTARDECER


O médico passava por um momento de imensa tristeza e desilusão. Tudo parecia ter perdido o sentido. E aquele sentimento era partilhado por todos à sua volta. E foi naquele momento de extremo desânimo que o sol começou a se pôr no horizonte. Estranho como aquele fenômeno tão comum e repetitivo pudesse despertar tamanho interesse naquela tarde. Como que enfeitiçados, os transeuntes, um a um, fitaram o crepúsculo demoradamente. O trânsito foi diminuindo aos poucos o seu fluxo até parar por completo. Os motoristas apreciavam a despedida do astro amarelo. Em plena hora do rush e nenhuma buzina, nenhum palavrão, ninguém ofendendo a mãe de ninguém. As pessoas saiam dos seus carros e se alinhavam lado a lado, quase de mãos dadas, olhos fixos naquele espetáculo. O médico se sentiu hipnotizado e nem percebeu que havia interrompido as manobras de ressuscitação sem antes checar se o paciente havia recuperado o pulso. O paciente checou seus próprios sinais vitais e se posicionou ao lado do médico. Todos no hospital se dirigiram para as janelas. Por um instante, não se ouviram gemidos de dor ou prantos desconsolados. As cadeiras de roda e as muletas ficaram abandonadas. Profissionais da saúde se amontoavam na porta dos nosocômios. Do lado de fora, uma gangue de malfeitores pedia desculpas a uma velhinha e lhe devolvia a bolsa roubada, enquanto olhavam para a luz dourada que se espalhava ao longe. Os políticos corruptos tinham água nos olhos, e beijavam crianças sem notar que estavam fora do ano eleitoral. E suas promessas de aumentar o salário mínimo fluíram de forma tão sincera que comoveram todos ao redor. Alguns até chegaram a anunciar que começariam a lutar por algo mais que dinheiro e poder. A humanidade havia finalmente alcançado seu equilíbrio. E tudo graças ao mais inusitado fim de tarde de todos os tempos. Aos poucos, a cor dourada mergulhou nas sombras e só restou um céu com vários tons de azul em estilo degradeé. Não se sabia dizer ao certo se a harmonia ainda tomava conta do ar. O médico rompeu o silêncio com um convite para uma happy hour, que foi aceito por todos. Mais tarde ele descobriria, em meio a tumultos e reclamações, que sua carteira havia sido roubada, logo após o pôr do sol, pelo paciente que ele havia salvado.

Autoria: O Chinelo da Minhoca

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Feliz dia do inventor - uma homenagem do Chinelo

INVENTA OUTRA

            Era um dia ensolarado de primavera, quando teve início um encontro improvável entre vários nomes ilustres da nossa ciência.
- Bom dia, senhor Einstein. Como está se sentindo nesta linda manhã? – perguntou Isaac Newton.
- Não tão excitado quanto o átomo de Bohr, posso lhe garantir, senhor Newton – respondeu Albert Einstein.
- Acordou áspero, não é mesmo? Ninguém mandou ficar entretido com os teoremas de Euclides, se é que você me entende.
- “O homem só se curva diante dos obstáculos se existe um meio de passar por baixo deles”.
- Muito bem colocado. Mais açúcar no seu chá?
- Uma colher.
- Pena que madame Marie Curie não compareceu. Será que não ouviu sobre o nosso encontro?
- Talvez tenha tido problemas com o rádio – disse Einstein, sorrindo.
- Sagaz comentário. Não sabia que era afeiçoado aos trocadilhos – respondeu Newton, espantado. 
- Antes do desjejum eu costumo ser um tanto quanto eloquente. Depois me torno compulsivo e por fim vou dormir com meus devaneios.
- Seu estado de humor é bem relativo.
- Um homem regido por tantas leis não deveria se render ao sarcasmo.
- Touché, velho amigo.
Um terceiro cientista se aproximou dos dois físicos, tornando a discussão ainda mais inédita.
- Que imagem incomum. Duas raposas à mesa e não vejo sequer uma galinha – brincou o inventor Thomas Edison.
- Junte-se a nós, Edison. Estamos praticando a mais nobre arte do desdobramento linguístico prosaico coletivo – disse Einstein.
- Estão jogando conversa fora.
- Exatamente.
- Não puderam inventar nada melhor? – provocou o inventor.
- Já chegou afiado, não é? Cuidado rapaz. Na Arábia os gênios eram aprisionados em lâmpadas – lembrou Einstein.
- Dentro da minha pelo menos teria luz – respondeu Edison, dando uma piscadinha furtiva para Isaac Newton.
- Grande resposta! – vibrou Newton. – Deixou nosso companheiro sem fala. Oh, Deus! Como esperei para ver meu amigo Einstein com esta expressão de derrota no rosto. O que aconteceu, meu caro? O gato comeu sua língua? Ninguém mandou ficar mostrando ela para os outros.
- Há! Brilhante comentário, amigo Newton – continuou Edison.
- Não mais brilhante que sua lâmpada, meu caro.
- Pare. Você está impossível hoje. Não está, prezado Einstein?
- Impossível é suportar tamanha rasgação de seda – resmungou o físico, com cara de emburrado. 
- Ficou bravinho. Não devíamos fazer chacota com nosso amigo. Ele poderia nos jogar uma bomba – provocou Newton.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Parodiando Veríssimo

* Esse texto foi feito inspirado no texto "Pais e Filhos", de Luiz Fernando Veríssimo.

Vampiros

- Filho, onde está você?
- Pai? O quê faz aqui?
- Vim ver como você está. Interessante seu castelo. Pequeno, mas interessante. Onde estão seus vassalos? Preciso que peguem meus pertences na carruagem.
- Não tenho vassalos. E isso aqui é um apartamento.
- Não tem vassalos? E quem são esses garotos?
- Ah, desculpe. São os meus colegas de república. Estes são Martin e Ivan. E esse é o meu pai, o Conde.
- Os escravos tem nomes peculiares nessa região. Peguem minha bagagem.
- Amigos, podem ir na frente. Eu encontro vocês na faculdade. Pai, eles não são escravos. São estudantes como eu.
- Claro. Já entendi. Você os atraiu para cá. Já mordeu algum deles? Aquele gordinho parece ser bem suculento.
- Não. Eu não atraí ninguém. Eles moram aqui. Nós estamos dividindo este apartamento.
- Mas com todo aquele dinheiro que lhe mandei... As coisas devem ser muito caras aqui na Bulgária. Lá na Romênia você estaria vivendo sozinho, como um rei.
- Pai, eu não usei o dinheiro como você mandou. Eu gastei com outras coisas. Por isso não sobrou muito e tive que dividir os gastos com alguns amigos.
- Quer dizer que você não é dono de nenhum castelo nas montanhas?
- Não.
- Não subornou criminosos para que eles assumissem as suas carnificinas?
- Não cometi nenhuma. Desculpe-me, mas eu preferi investir na minha educação, ao invés de gastar com essas extravagâncias. Ingressei em uma faculdade de medicina. Estou quase me formando.
- Mas o que foi que deu em você? Suas cartas diziam que você estava aterrorizando os vilarejos, atacando os camponeses, tornando a noite um lugar sombrio e incerto. Todas aquelas palavras bonitas eram mentiras?

quarta-feira, 20 de julho de 2011

MICROSCÓPIO HUBBLE LOCALIZA BOLA CHUTADA POR ELANO

  FOTOS RECENTES CAPTADAS PELO MICROSCÓPIO HUBBLE MOSTRAM A BOLA CHUTADA POR ELANO NA DISPUTA DE PÊNALTIS COM O PARAGUAI.

Autoria: O Chinelo da Minhoca
Foto: internet

sábado, 30 de abril de 2011

Crimes nos contos de fada



Ao contrário do que pregam as últimas linhas das histórias infantis, eles não viveram felizes para sempre. A justiça é cega, mas tem o faro aguçado, e os criminosos sempre acabam cometendo algum erro.

A equipe de jornalismo forense do Chinelo esmiuçou os fatos e revela agora em primeira mão o que aconteceu com os mais famigerados contraventores da lei e da ordem que já passaram por um livro de historinhas.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

ENTRANDO PELO CANO

Férias de verão. Nessa época de calor não tem nada melhor do que passar uma temporada num resort de praia. E lá estava eu, curtindo um banho de mar com meus pais, meu amigo Gustavo e minha avó, que tinha acabado de comemorar seus oitenta anos. Eu e meu amigo resolvemos experimentar o mergulho no maior toboágua da América, que era conhecido como “o exterminador de corajosos”. Entramos na fila e, após alguns minutos, chegou a nossa vez. O Gustavo sentou na sua bóia e foi na frente. Esperei um pouco e desci também. Era fenomenal. O toboágua era uma espécie de canudinho contorcido gigante, cheio de curvas radicais e completamente escuro. Durante todo o percurso, eu fiquei me segurando firmemente nas duas alças laterais da bóia, temendo o que poderia me acontecer se me soltasse delas. Depois de muitas cambalhotas, “loopings”, curvas fechadas e descidas velozes, finalmente eu enxerguei a esperada luz no fim do túnel. Fui arremessado na piscina com tanta velocidade que demorei quase um minuto para perceber que estava debaixo d’água e precisando de oxigênio. Senti algo encostando em minha perna e vi que o Gustavo estava ainda submerso. Puxei-o para cima pelos cabelos e perguntei se ele estava bem. Depois de cuspir meio litro de água e de recuperar a sua perfusão cerebral, ele agitou a cabeça e balbuciou que estava ótimo, ou algo parecido. Nesse momento, minha mãe chegou e perguntou o que estávamos fazendo. Também questionou o fato do Gustavo estar roxo. Eu disse que nós estávamos curtindo as atrações do parque aquático e ela pediu que nós passássemos mais tempo com a minha avó, pois ela estava muito desanimada. Súbito, uma idéia marota me invadiu a cabeça. Olhei para o Gustavo e percebi que ele havia pensado na mesma coisa.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

NOSTALGIA - PARTE I

Quem não gosta de relembrar o passado? Nós, do Chinelo da Minhoca, também tivemos infância. E pensando em homenagear essa época que não volta mais, decidimos vasculhar o nosso sótão (mentira, que hoje em dia todo mundo vasculha é o yutubi mesmo) e encontramos algumas propagandas antigas que eram bastante criativas.
1. Você quer trocar seu par de tênis nike por uma viking de 130 quilos?