segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Toma, distraído!

Fiquei sabendo recentemente que o nosso ministro deu um "cala a boca e engole o choro" num norte americano espertinho há alguns anos. Encontrei o que parece ser a resposta que o ministro deu para ele. Parece até a propaganda da parmalat ("Tomou?").


A Internacionalização do Mundo (por Cristovam Buarque*)

Durante debate em uma Universidade, nos Estados Unidos, fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para uma resposta minha.
De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.
Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da Humanidade.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Os livros mais vendidos no Brasil


De acordo com o site veja.com, entre os 10 livros mais vendidos atualmente no Brasil, 6 são histórias de vampiros. A explicação para isso? A vampirada está na moda. Nada mais atraente do que um bando de pessoas anti-sociais, anêmicas e com bafo de hemácia digerida. A hora é essa minha gente. Peguem suas canetas e escrevam livros, roteiros para filmes e seriados televisivos, peças de teatro e unidos do caralho a quatro. O momento é oportuno. Todos estão ávidos por qualquer bobagem que envolva esses seres amaldiçoados. E sabem o que é o melhor de tudo? Você não precisa ter doutorado em teologia, mestrado em artes das trevas ou um primo que mora na Romênia para descrever com clareza de detalhes todas as peculiaridades de um vampiro. Por se tratar de um personagem fictício, você pode simplesmente inventar tudo. Nada de ficar perdendo seu tempo com viagens, bibliotecas, professores, com o objetivo de levantar o maior número de informações para a sua história. Não fique dando uma de Dan Brown, que escreve apenas um ou dois Best-Sellers por ano. O negócio é explorar personagens, situações e cenários completamente fictícios, pois aí é só ficar imaginando a parada, sem preocupação alguma com a realidade. Acham que JK Rowling e JRR Tolkien iam para a biblioteca pesquisar alguma coisa? Bastava um golinho de chá de cogumelo ou um cigarrinho jamaicano e eles se sentiam voando pelos corredores de Hogwarts ou lutando com Orks fedorentos.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Mais vale um amigo oculto que um Ricardão escondido no armário

Resoluções de ano novo:
1. neste próximo ano eu não irei participar de nenhum amigo oculto que inclua um dos seguintes temas: roupas íntimas, molinetes, discos dos anos 70, lentes de contato, rocambole ou caixas de bombom de até 8 reais.
2. não vou participar de nenhum bolão da mega sena da virada.
3. não vou assistir a nenhum filme que envolva os atores Tony Ramos e Gloria Pires em papéis trocados.
4. não vou colocar todas as minhas economias em uma empresa de compra e venda de avestruzes.
5. não vou pagar 20 reais só para ver o flop, se já estiver devendo mais de 40 reais para a banca e minhas cartas forem o 3 de paus e o 9 de copas (com essa combinação, só sendo o Chuck Norris).
6. não vou ler o novo livro do Dan Brown ou da Stephenie Meyer, e nem fazer parte de nenhuma comunidade no orkut, ou no twitter ou no vaprodiaboqueoscarregue.com só pra dar uma de antenado.
7. não vou assistir à nova temporada de lost. É sério. Não vou mesmo. Me disseram que é igual o desenho Caverna do Dragão, onde os personagens nunca conseguem voltar pra casa. Então pra que assistir? Aquele desenho já me deixou traumatizado pelo resto da vida. Não preciso de mais essa tortura psicológica.
8. Vou torcer pra França ser eliminada da copa na primeira fase, de preferência por causa de um gol contra de mão, do Henry.
Autoria: O Chinelo da Minhoca

domingo, 3 de janeiro de 2010

Jornalismo urgente

Mal começou o ano e já nos deparamos com uma trajédia. Dezenas de pessoas foram vítimas de um deslizamento de terra no Estado do Rio. E não demorou muito para alguns jornalistas iniciarem o showzinho de horrores já habitual. A filmagem mostra claramente que uma pessoa está fortemente abalada. A informação é que esta pessoa perdeu 4, 5, talvez 6 membros da família de uma só vez. E me vem o repórter e pergunta coisas do tipo: "como você está se sentindo diante desta trajédia?" ou "você ainda tem esperança de encontrar sua filha com vida?". Pelo amor de Deus! Realmente, noção é uma coisa que todos nós pensamos ter. Mas tudo tem limite. Será que na faculdade de jornalismo eles ensinam a ter um pouquinho de tato? Ah, é mesmo. Esqueci que agora nem é preciso fazer faculdade para virar jornalista. E o quê dizer dos apresentadores? Diante de cenas chocantes da mais angustiante tristeza, ainda ficam pressionando os repórteres a perguntar abobrinhas. "Pergunta se ele já chorou muito", "Pergunta qual foi a última coisa que ela falou com ele antes da sua morte". E o pior é ver que alguns não tem a mínima noção de postura diante das notícias. Ficam sorrindo descaradamente enquanto leem no teleprompter que fulano perdeu 4 filhos e a esposa. Boris Casoy diria que "isto é uma vergonha". Infelizmente, nem ele pode falar muita coisa, já que deu uma gafe ridícula alguns dias atrás, mesmo sendo um dos jornalistas mais experiente e respeitado do país. E agora que a trajédia já aconteceu, aparecem centenas de especialistas para dizer o quanto a ocupação daquelas encostas era perigosa. Aqui no Brasil nós só aprendemos com nossos erros. E o maior erro de todos é cometer erros demais e aprender pouco com eles.
Autoria: O Chinelo da Minhoca